CARTA AOS ARTESÃOS
Longe de restringir a nossa compreensão dos fenómenos da cultura popular tão-só a simples exercícios teorizantes, a militância cultural deve levar-nos a práticas que, a partir do entendimento global da realidade nacional, tendam à preservação, estímulo ou reanimação das expressões artísticas populares de mais profundo enraizamento.
Michel Giacometti
Caros Homens das Artes e Ofícios:
Desde 2005 que vivo no Algarve.
Foi quando iniciei um trabalho de levantamento, registo e identificação de técnicas artesanais no Nordeste Algarvio que me apercebi da potencia do artesanato (no seu sentido mais lato)como elemento de progresso mas, ao mesmo tempo dei conta das dificuldades que impediam (e ainda impedem) muitos de vocês a conseguirem as devidas condições para garantirem uma estabilidade adequada.
Assim surgiu o sentimento de apoiar os artesãos num compromisso com o desenvolvimento local porque acredito que ao usar produtos locais, da terra, derivados da aplicação das artes e ofícios locais, do saber-fazer local, estamos não só a investir na economia local e no seu crescimento como também numa cultura ecológica face ao excesso de poluição e desperdícios que nos trouxe a produção dos chamados bens industriais.
Posto isto, tem vindo a tornar-se uma missão acompanhar a evolução dos “novos” saber-fazer e contribuir para a sua difusão, sem nunca desprezar as suas origens milenares.
Actualmente tem vindo a tornar-se, cada vez mais, um fenómeno real o retorno dos “filhos” à terra.
Desde 2005 que vivo no Algarve.
Foi quando iniciei um trabalho de levantamento, registo e identificação de técnicas artesanais no Nordeste Algarvio que me apercebi da potencia do artesanato (no seu sentido mais lato)como elemento de progresso mas, ao mesmo tempo dei conta das dificuldades que impediam (e ainda impedem) muitos de vocês a conseguirem as devidas condições para garantirem uma estabilidade adequada.
Assim surgiu o sentimento de apoiar os artesãos num compromisso com o desenvolvimento local porque acredito que ao usar produtos locais, da terra, derivados da aplicação das artes e ofícios locais, do saber-fazer local, estamos não só a investir na economia local e no seu crescimento como também numa cultura ecológica face ao excesso de poluição e desperdícios que nos trouxe a produção dos chamados bens industriais.
Posto isto, tem vindo a tornar-se uma missão acompanhar a evolução dos “novos” saber-fazer e contribuir para a sua difusão, sem nunca desprezar as suas origens milenares.
Actualmente tem vindo a tornar-se, cada vez mais, um fenómeno real o retorno dos “filhos” à terra.
Esta realidade faz parte de um ciclo
e prende-se com uma mudança de mentalidade, face à conjuntura actual: numa sociedade de governo falido onde, há muito, faz sentido a
alternativa de uma forma de auto subsistência. Apercebemos-nos, mais uma vez, da
importância da terra e do gesto como ferramentas de trabalho.
Esta mudança de mentalidade está presente também nas adaptações e inovações que os homens e mulheres das artes e ofícios têm vindo a desenvolver: aliar os velhos saberes às novas tendências tecnológicas.
De forma a sentir-me socialmente útil e de forma a aperfeiçoar as minhas competências e demonstrar as minha convicções criei este blog que servirá de ferramenta de divulgação do trabalho de pesquisa e investigação: desde filmes, artigos, imagens, curiosidades, informação... tudo a partir da minha oficina electrónica. Para que tal aconteça conto com a vossa participação!
Um grande bem-façam!
Marta MMM
